Les Misérables
Talvez por não ter depositado expectativas nenhumas no filme se tenha tornado uma surpresa muita positiva. Foi a primeira vez que vi a história, e nunca li o livro do Vitor Hugo e fui apanhada completamente de surpresa.
Gostei muito, gostei da força de vontade de um homem, gostei de ver a força do perdão e da confiança na vida de um homem, gostei de ver a força de um povo, a força da liberdade e a força de uma luta colectiva, tudo isto temperado com duas histórias de amor pelo meio, a capacidade de um pai amar a sua filha ainda que não seja de sangue, e a história de um amor à primeira vista :)
Um dos meus momentos preferidos do filme nem é nenhuma das cenas mais emblemáticas é uma das cantorias e a cena em si aquando do funeral do Jean Maximilian Lamarque e que marca um dos momentos de reviravolta no filme.
O desempenho dos actores de um modo geral é muito tocante e, apesar de ainda não poder comparar com o desempenho das outras nomeadas, a atribuição do óscar à Anne foi pertinente.
Surpresa das surpresas, Les Misérables era um musical com todos os ingredientes para me deixar a chorar do inicio ao fim tal qual uma Amélia arrependida e pouco ou nada chorei, arrepiei-me algumas vezes, mas chorar não... Talvez seja efeito das cantorias, porque se há quem chore e bem com histórias emotivas sou eu, e Los Miserables foi das histórias mais emotivas que vi nos últimos tempos.
Mantendo-me coerente em relação à opinião que tenho dos musicais, não posso dizer que foi dos meus filmes preferidos (se não tivesse tanta cantoria começo a achar que teria outro impacto), posso colocá-lo no topo dos meus musicais preferidos :)
The Pillars of the Earth
Dos filmes para as séries Os Pilares da Terra é uma série edificada à medida que é construida uma catedral, e se à partida seria um processo com tudo para ser simples, não é de todo isso que se verifica. São oito episódios em que no fim de um, só apetece ver o seguinte.
Uma história de lutas pelo poder, de pecados e virtudes de homens e mulheres, tendo como pano de fundo a guerra, quer em campo de batalha quer nos bastidores pelo trono inglês. Uma história de lealdade e da falta dela consoante as necessidades e os propósitos de alguns. Traições e paixões, algum romance e muita violência no modo cobarde como algumas personagens actuam, não olhando a meios para atingir os fins.
Revenge
"Quando pretender embarcar numa vingança, cave duas covas", é esta a frase de Confúcio que dá inicio ao primeiro episódio de Revenge. Uma série cujo tema o próprio nome indica, vingança! Se alguém que se ama muito fosse acusado injustamente de algo, até onde se iria para obter justiça? Até onde se iria para vingar a memória de alguém?
A linha que separa a vingança da justiça é muito ténue.
Quando o sentimento que move alguém é de vingança, de ódio por muita que seja a sede e a razão de justiça até que ponto o que se tem a perder não é mais do que o que se tem a ganhar?
É uma série com um fundo bem cor de rosa e cheia de festas de alta sociedade, vestidos bonitos e gente gira mas que em simultâneo me tem deixado a pensar numa série de questões.
No que toca à vingança penso que a parte mais difícil é perdoar, até porque em determinado momento "se alguém quer entrar num ninho de víboras tem de ser como elas para sobreviver" e qual o tamanho do risco de passar a ser exactamente como as pessoas que se abominam?