sábado, 14 de dezembro de 2013

A cultura do efémero

Não sei se é dos tempos ou das vontades, não sei se foi sempre assim. Se é causado pela tecnologia, pela economia, pela filosofia ou pela física das emoções. Vive-se o tempo do efémero, tempos em que tudo tem prazo reduzido. O que hoje é topo de gama daqui a um mês é ultrapassado... Nada chega, tudo tem prazo reduzido, quer-se tudo à velocidade alucinante do "é para ontem" - estaremos a tentar descobrir como viajar ao futuro dando um prazo tão curto ao ponto de terminar antes de ser feito? Vivemos a um ritmo cada vez mais alucinante em que se perde o tempo necessário para degustar pequenas coisas... Mas ainda não é bem aí que quero chegar... Vamos ao plano das relações, das interacções e das vivências... Tende tudo a ficar cada vez mais efémero, mais rápido e com prazo de validade mais curto, tudo fica ultrapassado rapidamente, é preferível adquirir novo do que tentar arranjar o que se tem de bom mas ficou arranhado...
Só me tenho questionado sobre isto, a reduzir-mos tanto o prazo de validade, quanto tempo vamos demorar a que nos transformemos a nós próprios... Ultrapassados num curto espaço de tempo?


E porque é que fico longe daqui tempos infinitos e quando regresso me dá para escrever esta merda? Ora porque me apeteceu porra! E para deixar uma mensagem natalícia: Cuidem do que têm, não falo dos objectos nem sugiro que mantenham o mesmo telemóvel enquanto funcionar (à semelhança do que eu faço) que isso não me interessa mesmo nadinha, cuidem é das relações, caso contrário um dias destes andamos mais solitários que sei lá o quê... Ah e irrita-me solenemente ver uma mesa cheia de amigos cada um agarrado ao seu computador na net, a sério que porra é essa? Eu é que já devo estar completamente ultrapassada e nem me apercebi...  


7 comentários:

  1. Por falar em mensagens natalícias... Um bom Natal para ti e para os teus :)

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  2. Quando se têm 1500 amigos no Facebook, resta pouco tempo para dedicar aos que estão à mesa :(

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  3. Tu não estás ultrapassada nem escreveste nenhuma merda, antes pelo contrário.
    Em reposta à pergunta, não culpem a tecnologia nem nada disso, a culpa é das pessoas são elas que fazem a mudança neste mundo.

    Em relação às relações, e não sendo nenhum trocadilho, tens um post que diz muito acerca disso.

    Os meus laços são criados e mantidos até ao final da vida, :)

    beijinhos grandes e boa semana.

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  4. Tens tanta razão... eu mesma já tenho dado por mim a cair nesse erro. Num grupo de amigos, num jantar, estar agarrada ao telemóvel a ver e-mails em vez de conversar. É de facto triste e já percebi o erro, agora é só tentar mudar. O raio da tecnologia entranha-se e quase que se torna viciante.

    Beijinho grande
    Se não te voltar a "ver" desejo-te um bom Natal., cheio de coisas boas e muitos mimos de quem mais gostas.

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  5. Tens escrito pouco, mas quando o fazes é com razão...o tempo é mesmo do efémero, seja na tecnologia, seja nas relações...e esse vicio de estar num café, restaurante, bar, hotel, etc, de telemóvel em punho cada vez está mais patente!!!
    Beijinhos

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  6. Não sei se estás ultrapassada, mas também considero uma cretinice estar toda a gente agarrada ao telelé ou ao computador, quando está numa reunião de amigos. E cada vez se vê mais... :P

    Beijocas!

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  7. Quanto aos telemóveis, também sou como tu. ;)
    E devo dizer que gostei da tua mensagem natalícia. Fora do normal, mas muito mais verdadeira que a maioria. :)
    beijinho

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